Bom, primeiramente quero deixar bem claro que não sou nenhum especialista de Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), mas tenho estudado em detalhes tecnologias que são consideradas por muitos especialistas agentes de mudança, no que alguns definem atualmente como «A morte da cadeia de suprimentos«. E nisso, tenho que concordar com o que tenho acompanhado e discorro neste post alguns pontos para ficarmos atentos.

https://itsblockchain.com/blockchain-in-supply-chain/

Imagem ilustrativa

O coração das Indústrias (corporações)

A Cadeia de Suprimentos é o «coração» de qualquer corporação. Para que funcione com certo grau de perfeição, requer que Gestores tomem decisão com assertividade, baseada em dados reais e de preferência em tempo real, para evitar prejuízos imediatos e futuros. Esta é a grande dificuldade atual e que começa a mudar com a entrada de novas tecnologias que estão em constante transformação. Com isso, haverá uma alteração drástica nos próximos anos (5 a 10 anos) na forma de como o Supply Chain é operacionalizado, gerenciado e acompanhado em tempo real pelas pontas (empresas e clientes) com transparência e eficiência, fazendo uso de mão-de-obra humana reduzida – este é o ponto que devemos nos ater e refletir.

Agentes de Mudança

Inteligência artificial, aprendizado de máquina (machine learning), análise preditiva, sensores, robotização, Blockchain. Estas são algumas tecnologias e frentes tecnológicas que, em breve, de acordo com especialistas, assumirão as rédeas no Supply Chain. Em minha opinião, outras áreas serão muito impactadas também (Vendas, Saúde, Segurança etc) mas isso é algo para discorrer em outro artigo.
Esta mudança tecnológica no Supply Chain está ocorrendo no Brasil em escalas menores (se alguém tiver cases no Brasil deixe nos comentários abaixo) e em grandes escalas em vários lugares do mundo. Por exemplo, a Rio Tinto, maior mineradora do mundo, já está implantando trens automatizados (sem motorista), robôs, câmeras, lasers e sensores durante todo o caminho logístico entre as minas e seus portos de escoamentos de produtos. Com isso, a Rio Tinto conseguirá gerenciar remotamente boa parte de sua logística, reduzindo custos operacionais, incidentes e inclusive mão-de-obra nos locais mais remotos.
O uso de robôs autônomos também já são realidade em centros de distribuição da Amazon, Alibaba e vários outros gigantes do setor de e-commerce e indústrias.

A «queridinha» do momento: Blockchain

Outro tecnologia que promete revolucionar o Supply Chain é a tecnologia Blockchain, que é a mesma usada por moedas digitais (criptomoedas) para prover segurança e transparência nas transações. De forma resumida, a Tecnologia Blockchain é um livro-razão «virtual» que registra todas as transações – no caso de criptomoedas são débitos e créditos entre pessoas/empresas – de maneira que estas transações não possam ser violadas (são criptografadas) e podem ser acompanhadas em tempo real, de forma descentralizada entre múltiplos servidores geograficamente espalhados.
O uso do Blockchain dentro do Supply Chain ainda é incipiente, mas ajudará as pontas envolvidas (indústrias, clientes, transportadoras) a automatizar da maneira confiável toda a logística, e acompanhar em tempo real desde a compra/pedido, faturamento, armazenamento, entrega, pós-venda e outros.
Um cenário apontado por especialistas da Harvard Business Review é a criação de centros de controles onde especialistas em análise de dados (Data Analyst)  acompanharão diversas operações logísticas e serão alertados por sistemas autônomos (algoritmos) sobre qualquer anomalia no processo, podendo tomar ações automatizadas ou pré-definidas para minimizar o prejuízo para as corporações e clientes, acionando equipes em campo em tempo hábil para agir.
Uma tendência é certa: a tecnologia está se movendo rápido para transformar negócios, por isso temos que acompanhar e agir para não sermos engolidos sem ao mesmo tentarmos ou adaptarmos a esta nova realidade. A tecnologia vai substituir pessoas, isso é fato inquestionável.
A questão para refletirmos é: o que devemos fazer para continuar sendo útil quando nossa «utilidade» vai sendo substituída por algo mais eficiente, barato (custo/benefício) e seguro?
Sinta-se a vontade para comentar abaixo e enriquecer este tema.
Vítor Nogueira
Co-fundador
SuasVendas – Software de Gestão