Início de ano é sempre o momento em que as pessoas repensam sua vida pessoal e, principalmente, profissional. A discussão em torno da mudança de emprego, setor e até rumo na carreira é recorrente com a proximidade do novo ano.
Segundo dados da Endeavor – ONG sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo de alto impacto no país – o número de empreendedores cresceu mais de 50% nos últimos anos. Qual o desejo deste novo perfil de trabalhadores? Independência e relacionamento.
Vem ao encontro a este desejo de empreender uma discussão antiga sobre as novas formas de trabalho, que aquecem o mundo corporativo há poucos anos: o coworking. Locais de trabalho diferenciados, onde se possa ter esta liberdade e independência, além de ampliar a rede de contatos, também foge do formato home office.
“Os espaços de coworking são ambientes onde profissionais e empresas de diferentes setores compartilham escritório e, mais do que isso, têm a oportunidade de criar conexões e ampliar os seus negócios. Em geral, a arquitetura dos ambientes é pensada para oferecer excelente infraestrutura de trabalho e, de quebra, facilitar a colaboração entre os profissionais”, afirmou o fundador do Nex Inovação e Coworking, André Pegorer.
Coworking tem atraído empreendedores
De acordo com Pegorer, que palestrou na Conferência Europeia de Coworking, realizada em Barcelona, na Espanha, no mundo todo, as empresas de coworking têm atraído a atenção de freelancers, startups, profissionais liberais e pequenas empresas, mas também de grandes empresas que buscam infraestrutura completa, redes de relacionamento e ambientes de inovação. Nos escritórios é possível dividir experiências com profissionais de outras áreas e ampliar as possibilidades de novos negócios.
Foi o caso do gerente de negócios de uma multinacional portuguesa, Mário João da Silva, que optou por este tipo de escritório ao estruturar a operação da empresa no Brasil. “Eu poderia alugar um espaço só para a minha companhia, mas não teria a possibilidade de me relacionar com profissionais de diversas áreas como aqui”, disse.
Silva afirma que já fez negócios com profissionais de outras áreas e aprende diariamente com os relacionamentos criados. “Aqui é possível compartilhar experiências e até informações na sua própria área que possam contribuir em novos projetos. Já tive portas abertas com os novos relacionamentos e já abri portas, quando me foi solicitado», afirma.
Já o consultor SAP e desenvolvedor de software, Tagôre Cauê Cardoso, deixou seu trabalho em uma multinacional de alimentos no início do ano para se tornar empreendedor. Sem estrutura física para trabalhar e com o intuito de ampliar sua rede de contatos, Cardoso procurou um escritório de coworking em Curitiba.
Segundo ele, as vantagens de se trabalhar neste tipo de ambiente vão além do custo X benefício. “Hoje meu trabalho é bem localizado e possui uma infraestrutura completa”, disse.
Semanalmente, o escritório também realiza eventos para promover network. “Dividimos experiências e tiramos dúvidas recorrentes com outros profissionais, além de conversar sobre futuros negócios em parceria”, contou.
Cardoso ainda completa. “E este network não é só profissional, assuntos diversos são pauta dos eventos. Impossível não fazer novos amigos, inclusive de outros países com culturas muito diferentes.”
Fonte: Paran@shop
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